'Precisamos ter liberdade de defesa', diz advogado de Bolsonaro

Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia que torna o ex-presidente e sete aliados réus por trama golpista

26 mar 2025 - 13h48
(atualizado às 14h00)
Por unanimidade, STF torna Jair Bolsonaro e sete aliados réus por golpe de Estado
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O advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro (PL), afirmou à imprensa que "precisa de liberdade de defesa". A declaração foi dada logo após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir, por unanimidade, aceitar a denúncia que torna o ex-presidente e sete aliados réus por participação na tentativa de golpe de Estado.

“Precisamos ter liberdade de defesa, que senão é muito complicado. O alerta que nós estamos fazendo desde a apresentação da defesa e na sustentação oral de ontem, é o que aconteceu hoje: trechos de diálogos. Estão dentro do contexto? Fora do contexto? tem alguma coisa mais ou a menos? Nós não sabemos. Então, nós precisamos ter e esperamos que tenhamos, a partir de agora, uma plenitude de defesa que é o que determina a Constituição Federal”, disse Vilardi. 

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Com a decisão do STF nesta quarta-feira, 26, de aceitar a denúncia da PGR, tem início agora a fase processual em que o mérito das acusações será analisado. 

O ex-presidente e 33 aliados foram denunciados pelo procurador-geral, Paulo Gonet, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia foi fatiada e, nesta primeira fase, viraram réus os oito integrantes do chamado 'núcleo 1', formado por Bolsonaro, ex-ministros e militares que participaram de sua gestão.

Advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro (PL)
Advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Reprodução/GloboNews

Na sessão desta quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, apresentou seu voto, acatando integralmente a denúncia da PGR. Em seguida, os outros quatro integrantes da Primeira Turma --Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin-- seguiram o voto do relator, acatando a denúncia por unanimidade.

Bolsonaro diz ser alvo de perseguição política

Logo após os ministros do STF formarem maioria para tornar Bolsonaro réu, o ex-presidente foi as redes sociais para ironizar a suposta pressa dos ministros em analisar a denúncia.

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Em seu perfil nas redes sociais, Bolsonaro escreveu: "Estão com pressa. Muita pressa. O processo contra mim avança a uma velocidade 14 vezes maior que o do Mensalão e pelo menos 10 vezes mais rápida que o de Lula na Lava Jato."

Ele ainda alegou que a motivação para torná-lo réu é simplesmente política, tendo em vista a disputa das eleições de 2026.

Fonte: Redação Terra
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