Um prefeito e cinco vereadores eleitos em 2024 estão na Lista Suja do trabalho escravo divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em outubro passado. Eles são responsáveis por empreendimentos multados por manterem trabalhadores em condições análogas à escravidão.
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O cruzamento de dados entre os 63 mil prefeitos e vereadores eleitos no ano passado com os 717 nomes de pessoas e empresas que apareceram na última edição da listagem feita inicialmente pelo G1 e confirmada pelo Terra. O governo divulga a lista desde 2003.
Os políticos em questão são:
Marcus Rinco (União), prefeito de Alto Paraíso de Goiás (GO - proprietário da Nascente Agro-Industrial, com 6 trabalhadores submetidos a condições análogas a escravidão. A ação fiscal ocorreu em 2021.
Fernando Morandi (PSB), vereador de Porto Vitória (PR) - proprietário da Cerâmica e Carvoaria Morandi, com 3 trabalhadores submetidos a condições análogas a escravidão. A ação fiscal foi em 2022.
Eduardo Lima (PSB), vereador de Beberibe (CE) - proprietário da Fazenda Pimenteiras, com 22 trabalhadores submetidos a condições análogas a escravidão. A ação fiscal foi em 2022.
Fabiano Francisco da Silva (MDB), vereador de Vera Mendes (PI) - proprietário da pedreira Saco do Fundo, com 10 trabalhadores submetidos a condições análogas a escravidão. A ação fiscal foi em 2022.
Manoel Nascimento (Republicanos), vereador de Amarante (PI) - proprietário da Pedreira Areia & Pedra Velha Monge, com 22 trabalhadores submetidos a condições análogas a escravidão. A ação fiscal foi em 2022.
Gilvan Macedo (Avante), vereador de Ipirá (BA) - proprietário da GM Transportadora e Logística, com 5 trabalhadores submetidos a condições análogas a escravidão. A ação fiscal foi em 2023.
Nenhum dos seis foi condenado de forma definitiva pela Justiça pelo crime --único fator que o impediria de exercer seus cargos. Estar com o nome da lista suja do trabalho escravo, por si só, não os impede de seguir atuando.
O Terra acionou os políticos citados em busca de posicionamentos sobre a questão. Os contatos de Fabiano Francisco da Silva (MDB) e Manoel Nascimento (Republicanos) não foram identificados. O espaço segue aberto para manifestações e será atualizado em caso de respostas.
Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão podem ser feitas pelo Sistema Ipê. Confira a lista completa aqui.