Presidente da Andrade Gutierrez é indiciado na Lava Jato

Investigações apontam indícios de ajuste entre as empreiteiras para obras executadas pela Andrade Gutierrez

20 jul 2015 - 09h46
(atualizado às 09h47)
Operação da Polícia Federal revelou esquema de corrupção na Petrobras
Operação da Polícia Federal revelou esquema de corrupção na Petrobras
Foto: Agência Brasil

O presidente da holding Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e outras oito pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal no inquérito aberto na Operação Lava Jato para investigar a suposta participação da construtora em fraudes em contratos, desvios de recursos da Petrobras e corrupção. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o prazo para o encerramento do inquérito terminou neste domingo.

O indiciamento indica que a polícia encontrou, ao longo da investigação, indícios suficientes de cometimento de um crime.

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Segundo as investigações, existem indícios de ajuste entre as empreiteiras para obras executadas pela Andrade Gutierrez.  A investigação concluiu que a empresa não conseguiu apresentar "qualquer justificativa" para o pagamento de pelo menos R$ 4,9 milhões a uma empresa de consultoria do lobista Mario Goes, a Rio Marine. Segundo a PF, são "documentos genéricos de 'consultoria'" os apreendidos pela Operação Lava Jato "com o operador Mario Goes".

Em nota divulgada neste domingo (19), a Andrade Gutierrez afirmou que "que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Lava Jato" e que "nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja".

"A empresa reafirma ainda que não existem fundamentos ou prova que justifiquem a prisão e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos. A Andrade Gutierrez volta a afirmar que sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e esclarecer todas as dúvidas o mais rapidamente possível, restabelecendo de vez a verdade dos fatos e a inocência da empresa e de seus executivos", disse a nota.

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Ainda segundo o jornal, os ex-funcionários da AG Rogério Nora de Sá, Antonio Pedro Campello de Souza e Paulo Roberto Dalmazzo e o prestador de serviços à AG Flávio Lúcio Magalhães negaram participação em quaisquer irregularidades nos depoimentos que prestaram à PF, assim como Elton Negrão de Azevedo Júnior, presidente da Unidade Industrial da Construtora AG. O operador Mario Goes e seu filho, Lucélio, e o lobista Fernando Soares também negam qualquer relação com pagamentos de propina. 

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Fonte: Terra
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