Programa de governo de Marina Silva propõe flexibilização do Mercosul

29 ago 2014 - 17h56

A candidata do PSB, Marina Silva, defenderá a flexibilização do Mercosul para que o Brasil possa assinar acordos comerciais com outros países ou regiões sem ter de depender integralmente da decisão dos sócios do bloco sul-americano, afirmou nesta sexta-feira o ex-deputado federal Mauricio Rands.

Coordenador do programa de governo de Marina, Rands antecipou hoje em São Paulo parte do plano da diplomacia da candidata.

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"Queremos uma reorientação da política externa, valorizando e dinamizando o Mercosul", afirmou Rands em seu discurso ao lado de Marina Silva, no lançamento oficial do programa de governo.

Rands, coordenador do programa junto com Neca Setúbal, enfatizou que o Mercosul deverá ter um mecanismo para que o Brasil possa "acelerar tratados com outros blocos" sem a necessidade que outro membro do bloco faça o mesmo no mesmo momento.

Por isso falou de um mecanismo com "duas velocidades" para o bloco sul-americano integrado também por Argentina, Venezuela, Uruguai e Paraguai.

Segundo o Tratado de Assunção de 1991, os países do Mercosul não podem assinar acordos de liberalização de mercadorias com outros blocos ou países sem o acordo do bloco.

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Para Rands, o programa de governo de Marina, caso vença as eleições de outubro, deverá manter parte da diplomacia da presidente Dilma Rousseff como a política "Sul-Sul".

"Queremos um Brasil mais pró-ativo, algo que a ordem mundial necessita. O Brasil deve assumir um protagonismo maior", enfatizou.

Por sua vez, Neca Setúbal negou perante os jornalistas que sua presença na campanha se deva à influência de sua família, fundadora do Banco Itaú.

"Tenho uma trajetória de 30 anos como educadora e trabalhadora social. Nunca ocupei cargos no banco Itaú", disse a irmã do presidente do banco, Roberto Setúbal.

  
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