O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará seu pronunciamento de Natal nesta segunda-feira, 23, às 20h30, em cadeia nacional de rádio e TV. Com duração de 3 minutos e 20 segundos, o discurso será uma retrospectiva de seu governo até agora, com metade de seu terceiro mandato. A gravação foi supervisionada pelo marqueteiro Sidônio Palmeira.
No pronunciamento, Lula deve tratar de temas econômicos com otimismo, como já fez em outros momentos recentes. Nas últimas semanas, o mercado financeiro tem reagido negativamente ao governo Lula devido a preocupações com a política fiscal e a economia do país.
Em novembro o governo anunciou um pacote fiscal visando economizar R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, mas o mercado considerou as medidas insuficientes para conter o crescimento da dívida pública. Além disso, a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil gerou dúvidas sobre o compromisso do governo com o ajuste fiscal.
No ano passado, o presidente destacou o retorno do diálogo e a união nacional, além de prometer superar expectativas em 2024. Em 2023, ele também mencionou os ataques às instituições de 8 de janeiro, reforçando a importância da democracia e do respeito aos Poderes.
O discurso de Lula tem se adaptado ao longo do tempo. Inicialmente, ele previa que 2024 seria o ano da "colheita" dos resultados de programas sociais e investimentos, mas agora projeta 2025 como o período em que os efeitos serão mais visíveis. Em entrevista recente ao programa Fantástico, reiterou essa perspectiva, apontando para um ano vindouro de consolidação de políticas públicas.
A declaração de Natal acontece em um momento em que o presidente busca consolidar avanços econômicos e sociais de sua gestão, enquanto se recupera de procedimentos cirúrgicos na cabeça. Nos últimos meses, Lula tem enfatizado medidas como a valorização do salário mínimo, ampliação de programas sociais e um retorno ao equilíbrio fiscal, reforçando um cenário de otimismo para o futuro próximo.
O governo Lula completa dois anos com avaliação positiva de 33%, conforme pesquisa Quaest. Entre os entrevistados, 34% classificam o governo como regular, enquanto 31% têm percepção negativa e 2% não souberam opinar. A aprovação pessoal de Lula é de 52%, contrastando com uma desaprovação de 47%.