O PSB decidiu adiar a reunião do diretório nacional do partido que definirá as alianças que a legenda fará nas eleições de outubro, disse nesta quarta-feira uma fonte a par do assunto.
Disputado pelo PT e pelo PDT, o PSB definiria na próxima segunda-feira que rumo tomar em reunião de seu diretório nacional. No entanto, diante da necessidade de mais tempo para negociações, a direção do partido resolveu remarcar o encontro para uma data mais perto do congresso da sigla, previsto para 5 de agosto.
O candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, tem afirmado que "acende uma vela todos os dias" para concretizar uma aliança com o PSB. Por isso mesmo, seu partido ofereceu apoio aos socialistas em quase uma dezena de disputas estaduais.
A proposta, no entanto, esbarra em São Paulo, onde o governador candidato à reeleição, Márcio França (PSB), ligado ao presidenciável tucano Geraldo Alckmin, prefere a neutralidade.
Outro Estado importante que tem apresentado resistência é Pernambuco, onde o PT ofereceu a retirada da candidatura de Marília Arraes, o que facilitaria a tentativa de reeleição do socialista Paulo Câmara, em troca de apoio do PSB na disputa presidencial.
Diante do quadro, que já vinha se apresentando desde o final do mês de junho, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tem defendido que uma posição de neutralidade seria prejudicial ao partido. Resta saber como o diretório baterá o martelo após as conversas -- a decisão é tomada a partir da votação de 137 membros, e normalmente é chancelada pela convenção.