PSDB anuncia oposição a Bolsonaro e debaterá impeachment

A decisão ocorre um dia após a participação de Bolsonaro em atos convocados por ele para o 7 de Setembro, quando atacou os ministros do STF

8 set 2021 - 19h57
(atualizado às 20h42)

O PSDB anunciou nesta quarta-feira, após reunião de sua Executiva e das bancadas na Câmara e Senado, que parte para a oposição ao governo de Jair Bolsonaro e que irá começar discussões internas sobre eventual prática de crime de responsabilidade por parte do chefe do Executivo federal, o que ensejaria um pedido de impeachment.

A decisão ocorre um dia após a participação de Bolsonaro em atos convocados por ele para o 7 de Setembro, quando atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, afirmando que não cumprirá mais decisões do magistrado, e Luís Roberto Barroso, que se opõe ao voto impresso para urnas eletrônicas, importante bandeira do chefe do Executivo.

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"Por unanimidade, o PSDB anuncia oposição ao governo Bolsonaro e início da discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade pelo presidente da República", publicou o partido em seu perfil do Twitter.

O governador de São Paulo, João Doria, e o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, em evento de prévias do PSDB em Campo Grande. 
O governador de São Paulo, João Doria, e o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, em evento de prévias do PSDB em Campo Grande.
Foto: Divulgação/PSDB / Estadão Conteúdo

"O PSDB repudia as atitudes antidemocráticas e irresponsáveis adotadas pelo presidente da República em manifestações pelo Dia da Independência. Ao mesmo tempo, conclama as forças de centro para que se unam numa postura de oposição a este projeto autoritário de poder; e para evitar a volta do modelo político econômico petista também responsável pela profunda crise que enfrentamos", publicou a sigla.

A legenda engrossou o coro da defesa da democracia e das instituições, e apontou que os brasileiros esperam soluções para problemas como a pandemia, o desemprego, a inflação e a crise hídrica, além da desigualdade e do "descalabro fiscal".

"Por fim, com a participação da Executiva e das bancadas na Câmara e Senado, registramos que após o pronunciamento inaceitável do chefe do Poder Executivo, na data de ontem, iniciamos hoje o processo interno de discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade cometido pelo presidente da República e o caminho mais eficiente para evitar o agravamento dessa crise na vida das pessoas."

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