O PSDB divulgou nota pública ontem (25) sobre a citação do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), em diálogos entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e os também senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL). No texto, o partido desqualifica as declarações de Machado sobre Aécio e diz que o delator não apresentou nenhuma prova que comprove as acusações contra o senador.
“Fica cada vez mais clara a tentativa deliberada e criminosa do senhor Sérgio Machado de envolver em suspeições o PSDB e o nome do senador Aécio Neves, em especial, sem apontar um único fato que as justifique. As gravações se limitam a reproduzir comentários feitos pelo próprio autor, com o objetivo específico de serem gravados e divulgados”, diz a nota.
O partido informa que vai processar Machado pelas declarações e pela divulgação de áudios em que Aécio Neves é citado. “É inaceitável essa reiterada tentativa de acusar sem provas em busca de conseguir benefícios de uma delação premiada. Por isso será acionado pelo partido na Justiça.”
De acordo com o PSDB, o diálogo em que Renan Calheiros diz ter sido procurado por Aécio, que estaria com “medo” da delação do ex-senador Delcídio do Amaral, não representa nada além da indignação do presidente tucano. “Sobre a referência ao diálogo entre os senadores Aécio Neves e Renan Calheiros, o senador Aécio manifestou a ele o que já havia manifestado publicamente inúmeras vezes: a sua indignação com as falsas citações feitas ao seu nome”, diz o texto.
Em outra gravação, Jucá diz a Machado que Aécio Neves teria percebido que pode ser implicado pelas investigações da Operação Lava Jato e que teria “caído a ficha” do PSDB sobre os riscos de as investigações continuarem.
O conteúdo das gravações foi divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo.