O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), entrou com representação, na quinta-feira, na Procuradoria da República do Distrito Federal contra o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha por ter supostamente indicado um dos diretores da Labogen, laboratório do doleiro Alberto Youssef. O tucano quer que o Ministério Público apure se o petista, que é pré-candidato ao governo de São Paulo, praticou improbidade administrativa.
Alberto Youssef foi preso na Operação Lava Jato, que combateu um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. A representação é fundamentada em notícias publicadas na imprensa a partir de investigações da Polícia Federal.
Segundo as informações divulgadas, a indicação de Marcus Cezar de Moura para o cargo teria coincidido com a época em que o laboratório tentava a realização de parceria com o Ministério, que poderia chegar a R$ 31 milhões em cinco anos. Para o PSDB, há indícios de que os dois teriam recebido vantagens para facilitar o contrato.
“O próprio ato de um ministro de Estado indicar um ex-assessor para ocupar um posto de administração em uma empresa privada já gera suspeitas de violação aos princípios da Administração Pública. Quando essa indicação ocorre justamente em meio ao processo de formalização de um contrato entre o Ministério e a empresa, essas suspeitas assumem gravidade extrema”, diz a representação.