Primeiro a discursar na convenção petista que lança a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, o presidente do partido, Rui Falcão, saiu em defesa da mandatária, hostilizada pela torcida brasileira no jogo de abertura da Copa do Mundo, no último dia 12. Segundo Falcão, os xingamentos “tiveram guarida entre os adversários”.
“Os xingamentos, diante de chefes de Estados, de crianças e de famílias, deveriam envergonhar quem os proferiu. Infelizmente, tiveram guarida entre adversários, que sonharam tirar proveito eleitoral da falta de educação de uma certa elite. Solidários à turba, comemoraram: ‘Dilma está sitiada, Dilma plantou o que colheu”’, atacou o presidente do PT.
Rui Falcão avaliou, no entanto, que “o tiro saiu pela culatra” e que Dilma foi cercada pela solidariedade dos que condenam a violência. Às críticas de Eduardo Campos, que disse que a presidente “colheu o que plantou”, o presidente do PT rebateu de maneira mais assertiva.
“A presidenta que plantou as sementes da paz, da concórdia, da redenção dos excluídos, das janelas de oportunidade, de um Brasil democrático e soberano, a presidenta Dilma vai, sim, colher, nas urnas de outubro, o apoio popular para um novo mandato. Para um novo governo, com mais mudança e mais futuro”, disse.
Polarização com o PSDB
Seguindo a cartilha petista, Rui Falcão centrou seus discurso contra o candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves. A estratégia do partido será a de polarizar a disputa com os tucanos, deixando de lado Eduardo Campos (PSB), e valorizando comparações entre os governos do PT e os mandatos de Fernando Henrique Cardoso.
“A comparação do nosso projeto com o deles lhes é amplamente desfavorável. Daí por que vamos, ao longo da campanha, mostrar tudo o que fizemos, o que estamos fazendo e o que vamos fazer”, disse o presidente petista, em discurso de apoio. “é preciso evitar que nossos adversários escondam tudo o que fizeram, deixaram de fazer e, principalmente, levá-los a revelar quais são, afinal, as medidas “impopulares” que anunciam.”