PT diz que declaração de Galloro mostra abuso de autoridade

Em nota, sigla criticou falas do diretor-geral da PF publicadas neste domingo

12 ago 2018 - 15h53
(atualizado às 17h21)

O Partido dos Trabalhadores reagiu à entrevista com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, publicada no Estado neste domingo, 12. Em nota, a legenda criticou o que qualifica como "abuso de autoridade" e "violência jurídica" e afirmou que as declarações de Galloro são um retrato do sistema atual, que teria como objetivo evitar um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato.

O Partido dos Trabalhadores reagiu às falas do diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro; Em nota, a legenda criticou o que qualifica como "abuso de autoridade" e "violência jurídica" e afirmou que as declarações de Galloro são um retrato do sistema atual, que teria como objetivo evitar um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O Partido dos Trabalhadores reagiu às falas do diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro; Em nota, a legenda criticou o que qualifica como "abuso de autoridade" e "violência jurídica" e afirmou que as declarações de Galloro são um retrato do sistema atual, que teria como objetivo evitar um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: Reuters

Na entrevista, a primeira desde que assumiu o cargo, há cinco meses, o diretor da corporação relata detalhes das negociações para prender o ex-presidente e cita que 30 policiais estavam prontos para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC caso Lula não se entregasse. Detalha também os bastidores da ordem do desembargador Rogério Favreto para soltar Lula e a contraordem do juiz Sérgio Moro em 8 de julho.

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"É um verdadeiro retrato do sistema podre a que estamos submetidos", diz a nota. "A ilegalidade da prisão de Lula e da revogação do habeas corpus concedido a ele naquele domingo (8 de julho) já haviam sido denunciadas pela comunidade jurídica. Mas é ainda mais escandalosa a desfaçatez de agentes do Judiciário e da Polícia Federal, ao expor em público sua conduta ilegal e as razões políticas que os moveram", afirma o documento.

Na entrevista, a primeira desde que assumiu o cargo, há cinco meses, o diretor Rogério Galloro relata detalhes das negociações para prender o ex-presidente e cita que 30 policiais estavam prontos para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC caso Lula não se entregasse
Foto: Agência Brasil

O partido pede que a sociedade e as forças democráticas exijam do Conselho Nacional da Justiça, do Ministério da Justiça e do Senado pronunciamentos sobre o assunto. O documento diz ainda que a sigla não vai aceitar "passivamente a perseguição política e injusta" ao ex-presidente Lula.

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