As críticas ao juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, deram o tom nesta quinta-feira ao fim da reunião da Executiva Nacional do PT em São Paulo. O grupo se reuniu durante cerca de quatro horas, mas não definiu quem substituirá João Vaccari Neto na tesouraria do partido. Denunciado na Lava Jato, Vaccari foi preso ontem de manhã pela Polícia Federal; à tarde, o partido informou que ele pediu afastamento do cargo.
Único a conceder entrevistas aos repórteres na sede do diretório nacional, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), criticou o magistrado paranaense - o qual, alegou, "transborda suas competências e não respeita mais a Constituição".
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"É arbitrário e político o que ele está fazendo (ao determinar a prisão de Vaccari); não tem prova nenhuma (de ilícito contra o ex-tesoureiro)", definiu.
Para o líder do partido, o PT tem sido alvo de uma espécie de caça às bruxas na política nacional.
"É brincadeira isso que estão fazendo, virou brincadeira fazer acusações de qualquer natureza, já está virando ação de inquisição", reclamou.
De acordo com Sibá, o nome do novo tesoureiro só deverá ser conhecido amanhã, após reunião do diretório nacional. Hoje, conforme o parlamentar, foi feita uma "avaliação da conjuntura" da sigla.
Qual conclusão sobre a conjuntura? "É mais um embate, como tantos outros. O PT nasceu do embate, do campo, das lutas, do movimento estudantil. Esse é mais um."