PT-SP: Bruno Covas usou funcionários da Cetesb em campanha

3 dez 2014 - 18h09
(atualizado às 18h32)
<p>Bruno Covas foi eleito deputado federal na eleição deste ano</p>
Bruno Covas foi eleito deputado federal na eleição deste ano
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

O Diretório Estadual do PT em São Paulo apresentou, na segunda-feira (01), uma representação ao Procurador Regional Eleitoral no Estado de São Paulo contra o deputado estadual Bruno Covas (PSDB), por supostamente ter, em sua campanha em que se elegeu deputado federal, utilizado os funcionários da Cetesb Mario Welber Bongiovani Ferreira e Fabiana Macedo de Holanda para serviços eleitorais. A ação atinge também Otávio Okano, presidente da Cetesb, por ceder empregados da administração indireta para a campanha eleitoral de Bruno Covas.

A assessoria de Bruno Covas informou que: "o deputado não tem nada a declarar, pois não tem conhecimento do teor da representação. Foi informado apenas por meio de nota veiculada na imprensa".

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De acordo o departamento jurídico do PT, existem situações que comprovam a conduta vedada dos funcionários. Mario Welber Bongiovani Ferreira, assessor de Bruno Covas, foi apreendido no dia 27 de setembro, pela Polícia Federal (PF), no aeroporto de Congonhas, quando embarcava para São José do Rio Preto com R$ 102 mil em dinheiro vivo, além de 16 cheques da campanha de Bruno Covas, assinados em branco e material da campanha do candidato. Mario Welber não teria comprovado nem explicado a origem do dinheiro encontrado com os cheques e material de campanha. Ele afirmou que o dinheiro seria usado para a compra de um automóvel. 

Mario Welber foi assessor parlamentar de Bruno Covas na Assembleia Legislativa de São Paulo e quando Bruno foi Secretário Estadual do Meio Ambiente, Welber era empregado da Cetesb, no cargo de Assessor Técnico I. Bruno Covas reassumiu como deputado em abril deste ano e a partir de julho tornou-se candidato a deputado federal. Segundo o PT, a vinculação de Mario com a campanha de Bruno Covas durante o período pré-eleitoral e eleitoral estaria devidamente documentada. 

No site da Cetesb não consta a data da licença de Welber. Mesmo que houvesse, de acordo com o PT a licença de seu emprego público na Cetesb seria irregular por não se enquadrar em nenhuma das hipóteses legais de suspensão de contrato de trabalho.

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Fabiana Macedo de Holanda, Assessora Técnica IV da Cetesb, também prestava serviços de assessoria de imprensa a Bruno Covas, ainda segundo o PT, já que ela teria se apresentado como assessoria de imprensa do deputado aos veículos de comunicação ‘Diárioweb’ e ‘Viomundo’.

Fonte: Terra
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