O ex-policial Fabricio Queiroz, que ficou conhecido por estar envolvido nas investigações do suposto esquema de 'rachadinha' do gabinete de Flávio Bolsonaro, postou uma foto no Instagram com o punho levantado para o alto para comemorar o título brasileiro do Atlético-MG. A comemoração eternizada por Reinaldo era feita em forma de resistência à Ditadura Militar.
O protesto de Reinaldo foi inspirado no movimento popular 'Panteras Negras', nos Estados Unidos. O ex-atacante falou à revista Placar, nesta sexta-feira, sobre a perseguição que sofria dos militares e a perda de direitos por causa do 'AI-5', principal ferramenta de repressão e cerceamento da liberdade do regime que vigorou no Brasil entre 1964 à 1985.
"Eu fui impedido de jogar a final de 1977 pela Ditadura Militar. Tirou o brilho do campeonato, além de macular o título do São Paulo, porque eu era artilheiro do campeonato, fiz gol em todos jogos. Foram 28 gols em 18 jogos, maior média do futebol daqui. Com certeza, no Mineirão, eu faria gol. Mas por uma entrevista minha que não agradou os militares, eu fui afastado e a justiça me julgou antes. Não existia recurso, era AI-5", disse Reinado.
Fabricio Queiroz é muito próximo da família Bolsonaro e trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Flávio é filho do presidente Jair Bolsonaro, que defende abertamente as ações dos governos militares e nega que o Brasil tenha vivido uma ditadura.