A defesa do ex-assessor do então deputado estadual Flavio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, estaria negociando com o Ministério Público do Rio de Janeiro uma delação premiada, informou a emissora "CNN Brasil" nesta sexta-feira (26).
Segundo fontes citadas pela reportagem, a "maior preocupação de Queiroz é com a família dele" e ele está buscando por "garantias de proteção no processo para a mulher, Márcia Aguiar de Oliveira" e para as suas filhas.
A esposa do ex-assessor tem um mandado de prisão preventiva em aberto e é considerada foragida da Justiça. Já as filhas são investigadas no caso da "rachadinha", uma prática que devolvia parte do pagamento do salário recebido para os políticos e os gabinetes.
No entanto, a defesa de Queiroz enviou, por meio de nota à emissora, que a informação "não corresponde à verdade" e que não está trabalhando em uma delação premiada.
Queiroz é considerado uma peça-chave para entender o esquema da "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Em diversas investigações do Ministério Público, foi descoberto que toda a família depositava parte do salário em um conta movimentada por Queiroz - e que esse dinheiro foi sacado e usado para pagar, por exemplo, a escola das filhas de Flavio Bolsonaro.
O ex-assessor foi preso no dia 18 de junho, em um sítio de Atibaia, em São Paulo. A casa pertence ao ex-advogado de Flavio - e que também já atuou na defesa do presidente, Jair Bolsonaro - Frederick Wassef.
Após dar várias entrevistas afirmando que não conhecia Queiroz, Wassef admitiu à revista "Veja" que escondeu o ex-assessor para evitar que ele "fosse assassinado".