Quem é Alexandre Ramagem, aliado de Jair Bolsonaro que comandava a Abin

Deputado federal eleito pelo PL do Rio é amigo pessoal de Carlos Bolsonaro e fez a segurança do ex-presidente depois do episódio da facada

20 out 2023 - 17h33
(atualizado às 21h35)
Ramagem coordenava a Abin no período que servidores monitoraram ilegalmente, segundo a PF, ministros, políticos, jornalistas e advogados
Ramagem coordenava a Abin no período que servidores monitoraram ilegalmente, segundo a PF, ministros, políticos, jornalistas e advogados
Foto: Reprodução/Agência Senado

Quando a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos, jornalistas e advogados - de acordo com a investigação da Polícia Federal (PF) - ela era coordenada por Alexandre Ramagem Rodrigues, aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Deputado federal eleito pelo PL em 2022, é ex-delegado da Polícia Federal (PF), função que desempenhou até o começo do mandato de Bolsonaro, em 2019. O vínculo com a família do ex-chefe do Executivo se firmou ainda na campanha de 2018, quando Ramagem foi designado para chefiar a segurança pessoal de Bolsonaro depois da facada que ele levou em Juiz de Fora (MG).

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Na Câmara, ele é um dos vice-líderes do PL e é titular da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e do Conselho de Ética.

Hoje, com a possibilidade de Walter Braga Netto não disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro, Ramagem é uma aposta de Bolsonaro para concorrer em 2024.

Nesta sexta-feira, 20, a Abin foi alvo de uma operação da Polícia Federal que prendeu dois servidores do órgão, Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky, e vasculhou 25 endereços em Brasília (18), Alexânia (GO - 1), São Paulo (1), São José dos Campos (SP - 1), Curitiba (1), Maringá (PR-1), Florianópolis (1), São José (SC - 1) e Palhoça (SC - 1).

A suspeita da corporação é que as estruturas da Abin tenham sido usadas de forma ilegal para fazer 33 mil rastreamentos, que incluem várias autoridades públicas e o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, alvo recorrente do bolsonarismo. No final da tarde desta sexta, Ramagem disse nas redes sociais que a Operação Última Milha só foi possível graças ao "início de trabalhos de austeridade" promovidos durante a gestão do ex-presidente.

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