Quem é Álvaro Damião, que assume a prefeitura de Belo Horizonte após morte de Fuad Noman

Fuad Noman morreu nesta quarta-feira, 26, aos 77 anos; Álvaro Damião era seu vice

26 mar 2025 - 15h18
Foto: Reprodução/Instagram/@alvarodamiao

Álvaro Damião (União Brasil), vice-prefeito de Belo Horizonte, assume a prefeitura após a morte de Fuad Noman (PSD), então prefeito, nesta quarta-feira, 26. Damião já atuava como prefeito interino desde o início de janeiro, pois Fuad estava doente. 

Damião é conhecido na região Metropolitana de Belo Horizonte por ter atuado por quase três décadas como repórter nas jornadas esportivas da rádio Itatiaia, líder de audiência em Minas Gerais. Ele também foi narrador e apresentador de programas da emissora. Além disso, ele trabalhou na TV Alterosa, afiliada do SBT. Antes de ser empossado, desde 2020, apresentava um programa policial e, aos sábados, outra atração esportiva.

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Nesse universo do jornalismo ele passou a ser conhecido por bordões como “vai morrer um aí, ó” usado no programa policial, e outros como "aqui não, pica-pau", "mexe, remexe, estremece, enlouquece" e "bacana demais" ditos em transmissões esportivas.

Sua carreira política teve início em 2016, quando ele se elegeu vereador – e se reelegeu em 2020, pelo DEM. Já no ano passado ele optou por não se candidatar a um terceiro mandato para integrar a chapa de Fuad Noman.

Morre Fuad Noman

O prefeito de Belo Horizonte (MG), Fuad Noman (PSD), sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira, 25, em meio ao tratamento das sequelas em razão do câncer. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Belo Horizonte.

O mandatário estava internado no Hospital Mater Dei desde o dia 3 de janeiro e após o ocorrido o quadro dele era considerado "bastante grave". No dia 29 de janeiro, ele chegou a ter alta da UTI, mas permaneceu na unidade hospitalar, sob cuidados médicos.

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Segundo o último boletim médico desta quarta-feira, 26, Fuad "foi reanimado, mas evoluiu com choque cardiogênico necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas". Ele estava respirando com ajuda de aparelhos e sendo medicado. Após a parada cardiorrespiratória, também surgiu um quadro de insuficiência renal aguda, e o prefeito não resistiu.

Fuad Noman foi reeleito como chefe do Executivo de Belo Horizonte nas eleições do ano passado, mas  não chegou a exercer o novo mandato. Ainda em 1º de janeiro, dia da posse, o político participou da cerimônia de forma virtual, por questões de saúde. Em tratamento contra um câncer e com a imunidade baixa, Fuad foi orientado a evitar contato com grandes aglomerações. Desde o dia 3 de janeiro, Fuad estava internado, e a capital mineira deve permanecer sendo gerenciada pelo seu vice, Álvaro Damião (União Brasil).

Nas eleições de 2024, Fuad Noman foi o prefeito eleito mais velho de uma capital brasileira. Em seu discurso feito virtualmente no dia de posse, ele comentou o motivo de estar na política.

"Muita gente tem me perguntado desde a eleição o porquê de eu estar aqui. Pessoas que me conhecem e até mesmo desconhecidas têm curiosidade para saber as razões de um homem de 77 anos, com a situação financeira resolvida, decidir entrar na política e disputar uma pesada eleição, em vez de curtir os netos ou viajar para conhecer os países que tem vontade de visitar", afirmou o político na época.

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Economista e servidor de carreira do Banco Central, atuou em governos do PSDB e integrou a equipe do Ministério da Fazenda que implementou o Plano Real. Foi secretário dos governos tucanos de Aécio Neves e Antonio Anastasia em Minas Gerais, mas era um nome pouco conhecido dos belo-horizontinos até ser eleito vice-prefeito em 2020, ascender à chefia do Executivo durante o mandato e se reeleger no ano passado.

No tempo livre, Fuad se dedicava ao jardim e aos animais que criava em um sítio que possuía em Baldim (MG), município de 7 mil habitantes que fica a duas horas de carro de Belo Horizonte. Ele deixa a esposa, Mônica, dois filhos, Paulo Henrique e Gustavo, e quatro netos: João Pedro, Mateus, Isabela e Rafael. 

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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