Quem são os agentes da PM-DF alvo de operação que investiga omissão no 8 de janeiro

Dentre os oficiais suspeitos de omissão nos atos de vandalismo está o coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF

18 ago 2023 - 08h07
(atualizado às 09h06)
Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF, está entre os alvos da operação
Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF, está entre os alvos da operação
Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília

A Polícia Federal abriu na manhã desta sexta-feira, 18, uma operação contra a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal no bojo de investigação sobre suposta omissão ante os atos golpistas de 8 de janeiro. Agentes foram às ruas para cumprir sete mandados de prisão preventiva, além de ordens de busca e apreensão, bloqueio de bens e afastamento das funções públicas.

A ofensiva é aberta após um pedido da Procuradoria-Geral da República. As diligências foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre suposta omissão de autoridades ante o levante antidemocrático.

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Coronel Klepter Rosa Gonçalves também é alvo da operação
Foto: Reprodução/Câmara Distrital

As medidas cautelares cumpridas nesta sexta, 18, foram requeridas quando a Procuradoria-Geral da República denunciou oficiais ao STF. São alvos da investigação:

  • Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF
  • Coronel Klepter Rosa Gonçalves, ex-subcomandante da PMDF, que foi nomeado comandante-geral no dia15 de fevereiro;
  • Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações, que saiu de licença;
  • Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que substituiu Naime no 8 de janeiro;
  • Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF;
  • Major Flávio Silvestre de Alencar
  • Tenente Rafael Pereira Martins
Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações
Foto: Divulgação/PM-DF / Estadão

Na acusação levada à Corte máxima, a PGR narra que provas colhidas no bojo do inquérito apontam para a omissão dos oficiais. O órgão diz que 'havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas'.

"Há ainda menção a provas de que os agentes - que ocupavam cargos de comando da corporação - receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes", indicou a PGR em nota.

Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, também alvo da operação
Foto: Reprodução/TV Câmara Distrital

A avaliação do Ministério Público Federal é a de que os oficiais 'conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir'.

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A denúncia versa sobre supostos crimes de omissão, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, com violação de deveres e ingerência da norma.

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