Quem são os investigados e quem foi preso pela operação que mira Bolsonaro e aliados

Polícia deflagrou Operação Tempus Veritatis na manhã desta quinta-feira; confira mais detalhes

8 fev 2024 - 09h56
(atualizado às 15h00)
Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela PF durante cumprimento de um mandado de busca e apreensão na sede do PL em Brasília
Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela PF durante cumprimento de um mandado de busca e apreensão na sede do PL em Brasília
Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 8, a Operação Tempus Veritatis, que mira aliados militares ou políticos de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente também é alvo da ação e teve seu passaporte confiscado pela PF durante mandado de busca e apreensão na sede do PL em Brasília.

Mas, além de Bolsonaro, quem está sendo investigado? E quem já foi preso até o momento?

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Foram presos

Conforme apuração do Terra, a operação gerou quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas de prisão – que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

Os quatro aliados do ex-presidente que foram presos são:

  • Filipe Martins -  Ex-assessor especial de Bolsonaro; 
  • Marcelo Câmara -  Coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família do ex-presidente;
  • Rafael Martins -  Major das Forças Especiais do Exército; 
  • Bernardo Romão Corrêa Netto -  Coronel do Exército.

Outros alvos

Conforme descrito em decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, dadas a partir de solicitação da Polícia Federal também analisada pela Procuradoria-Geral da República, foi autorizada a busca e apreensão de armas, munições, dispositivos eletrônicos e quaisquer outros materiais relacionados aos fatos investigados nos endereços de:

 

  • Ailton Barros - Coronel reformado do Exército.
  • Almirante Almir Garnier Santos - Ex-comandante-geral da Marinha;
  • Amauri Feres Saad  - Advogado apontado como mentor intelectual da minuta golpista apresentada a Bolsonaro;
  • Anderson Torres - Delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
  • Angelo Martins Denicoli - Major da reserva
  • General Augusto Heleno - Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Cleverson Ney Magalhães - Coronel de Infantaria lotado no Comando de Operações Terrestres (Coter);
  • Eder Lindsay Magalhães Balbino - Empresário sócio da Gaio Innotech Ltda, empresa de tecnologia da informação sediada em Uberlândia;
  • General Estevam Theophilo Gaspar De Oliveira - Ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  • Guilherme Marques Almeida  - tenente-Coronel então no Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter);
  • Hélio Ferreira Lima - Tenente-coronel;
  • José Eduardo de Oliveira e Silva - Padre de Osasco, na grande São Paulo;
  • Laércio Vergílio - general de Brigada reformado;
  • Mario Fernandes - general, ex-Chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República;
  • General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira -  Ex-ministro da Defesa;
  • Ronald Ferreira De Araújo Júnior - Oficial do Exército;
  • Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros - Coronel; 
  • Tércio Arnaud Tomaz  - Ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
  • General Braga Netto -  Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
  • Valdemar Costa Neto -  Presidente do PL, partido de Bolsonaro;

 

  • Bernardo Romão Correa Neto, Filipe Martins, Marcelo Câmara e Rafael Martins, que foram presos preventivamente, também são alvos de busca e apreensão pela operação. 

Eles teriam atuado em o que a PF classificou como seis núcleos para operacionalizar medidas para desacreditar o processo eleitoral, planejar a execução de um golpe de Estado e agir de forma antidemocrática, para a permanência do grupo no poder

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A investigação

A operação batizada de Tempus Veritatis investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.

São cinco crimes principais que movem a investigação, segundo documentos da PF:

• Ataques virtuais a opositores;

• Ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de votação e à higidez do processo eleitoral;

• Tentativa de golpe de estado e de abolição violenta do estado democrático de direito;

• Ataques às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias na pandemia e;

• Uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens como: o uso de suprimentos de fundos (cartões corporativos) para pagamento de despesas pessoais; a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde para falsificação de cartões de vacina; e o desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito.

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O Terra busca contato com os citados na matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

Fonte: Redação Terra
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