Quem sorriu, chora: deputados comentam redução da maioridade

De um dia para o outro, texto bem semelhante à proposta rejeitada foi aprovado; deputados criticam Eduardo Cunha na web

2 jul 2015 - 10h40
(atualizado às 10h58)

Quem celebrou ontem lamenta hoje, e vice-versa. A aprovação da proposta de redução da maioridade penal na Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira ganhou as redes sociais novamente. No entanto, aqueles que comemoravam a rejeição à proposta, votada na terça-feira, agora lamentam e atacam o presidente da Casa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Em menos de 24 horas, os deputados derrubaram a rejeição e aprovaram, em primeiro turno, uma emenda substitutiva, praticamente idêntica ao texto rejeitado. A proposta recebeu 323 votos a favor, o suficiente para aprovar a matéria que prevê reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. O texto ainda tem de ser aprovado em uma segunda votação e, depois no Senado.

“A luta ñ acabou. Pelos direitos da juventude e pela democracia, seguimos contra redução, nas ruas, redes e parlamento”, escreveu o deputado Ivan Valente (PSOL/SP), em sua conta no Twitter.

O deputado também chamou o presidente da Câmara de golpista. “Cunha viola regimento interno, rasga a Constituição brasileira, desrespeita a minoria, atropela as vozes contrárias... #CunhaGolpista”, escreveu em outro post na mesma rede social.

Também contrária à redução da maioridade penal, a deputado Maria do Rosário (PT-RS)  classificou a manobra de Cunha como um ato “antidemocrático”.

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“Estamos em OBSTRUÇÃO! É um ato político contra a atitude do Presidente. Uma farsa! Uma vergonha! Um ato anti-democrático!”, postou no Twitter a deputada petista.

Vitória

Mais do que comemorar a aprovação da proposta de redução da maioridade penal, o deputado e presidente do DEM-DF, Alberto Braga, disse que se sente satisfeito por ter realizado uma promessa feito na campanha ao cargo legislativo.

“É uma satisfação conseguir cumprir uma das minhas promessas de campanha. Ainda temos um longo caminho, mas sei que juntos vamos vencer.”

Já Marco Feliciano (PSC-SP) preferiu ser mais comedido. Assim como quando a proposta foi rejeitada, postou fotos dizendo que tinha feito a sua parte pela aprovação do texto.

Sem menções à votação, o deputado Eduardo Cunha preferiu dizer que luta por uma Câmara independente e que a vontade do povo deve prevalecer.

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“A vontade do povo deve prevalecer e Cunha lutará para honrar seu compromisso: democracia forte e Câmara independente”, escreveu o presidente da Casa.

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Fonte: Terra
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