O presidente Jair Bolsonaro voltou a ironizar nesta terça-feira os pedidos pela ampliação das parcelas do auxílio emergencial como medida para compensar a perda de renda de famílias pobres com a pandemia de coronavírus.
"Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo. Sabemos da situação difícil em que se encontra população, que perdeu empregos não por culpa do presidente", disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.
Sem apresentar dados, Bolsonaro ainda afirmou que o Brasil diminuiu a pobreza durante a pandemia graças ao auxílio emergencial. "Só dois países da América Latina diminuíram a pobreza, nós e o Panamá, se não me engano. Você não vai ver isso em lugar nenhum da imprensa. Qual país do mundo fez projeto como o nosso, que foi o auxílio emergencial? Gastamos em 2020 o equivalente a 10 vezes o Bolsa-Família. E tem gente criticando ainda, falando que quer mais".
Outro alvo de críticas do presidente, as medidas de restrições impostas por governadores e prefeitos para conter a disseminação do vírus, também esteve presente no discurso a apoiadores. "Se eu tivesse autoridade sobre a questão da covid, estaria diferente o Brasil. Só vou falar isso e mais nada. Eu não fechei nada, não mandei ninguém ficar em casa e não destruí empregos. Não existe qualquer comprovação científica de que o lockdown evita você se contaminar. Pode atrasar, contaminar até mais tarde, mas você vai fazer lockdown até quando?", disse.