Em mais um sinal de que as rusgas do início da pandemia ficaram para trás, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disse neste sábado, 19, que o reconhecimento da população ao presidente Jair Bolsonaro é um "recado" a todos os políticos. Ele também elogiou os repasses feitos pelo governo federal para dar suporte financeiro aos Estados durante a crise provocada pela covid-19.
Caiado e Bolsonaro participaram nesta manhã de uma convenção promovida pela Assembleia de Deus na Catedral Baleia, como é chamada a sede nacional das Assembleias de Deus Ministério de Madureira, em Brasília. Em seu discurso, o governador citou as viagens do presidente pelo País e a receptividade nesses locais.
"Não existe recado maior para nós políticos do que o reconhecimento da população e ao mesmo tempo o apoio em todas as medidas que estão sendo tomadas para nós resgatarmos credibilidade na boa política, no sentido de fazer com que as populações mais vulneráveis tenham a mão estendida do governo, e ao mesmo tempo as posições firmes de vossa excelência, com apoio como governador que sou", disse Caiado.
Segundo o governador, os Estados "jamais foram tão bem aquinhoados" com repasses para saúde, educação, segurança e programas sociais.
No início da pandemia, em março, Caiado chegou a romper com Bolsonaro devido à postura do presidente em relação ao enfrentamento à pandemia do coronavírus. O governador, que é médico, chegou a dizer à época que não seguiria as recomendações do presidente de suspender orientações para confinamento em massa da população, adotado como estratégia para frear a propagação da doença.
Caiado foi um dos responsáveis pela indicação de Luiz Henrique Mandetta, também filiado ao DEM, para o Ministério da Saúde. Mandetta foi demitido em meados de abril após entrar em rota de colisão com Bolsonaro sobre a condução das medidas de combate à covid-19.
Desde então, porém, o governador tem ensaiado uma reaproximação com Bolsonaro. Em agosto, Caiado já havia feito elogios ao governo federal pelo pagamento do auxílio emergencial à população mais vulnerável.