Em um último esforço para convencer o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a conceder registro para a Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva divulgou um vídeo na noite desta quarta-feira em que afirma que o novo partido deve ser criado para "democratizar a democracia".
Nesta quinta-feira, o TSE irá analisar o pedido de registro da Rede, em sua última sessão antes do prazo final para filiação partidária para as eleições do ano que vem, que se encerra no sábado. Marina está atualmente na segunda posição nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial do ano que vem, depois de ter terminado a corrida presidencial de 2010 em terceiro lugar, com quase 20 milhões de votos.
Caso a Rede tenha o pedido de registro negado, Marina teria que se filiar a outro partido caso queira se candidatar. A ex-senadora tem, no entanto, negado repetidamente que tenha um "plano B". No vídeo, a ex-senadora se diz confiante de que o TSE "reparará o erro" dos cartórios eleitorais que, segundo ela, invalidaram sem justificativa 95 mil assinaturas de apoio à Rede.
"Encaminhamos 668 mil (assinaturas) para os cartórios que, infelizmente por falta de estrutura, não foram capazes de responder dentro dos prazos as validações das assinaturas. A falta de parâmetro fez com que boa parte dessas assinaturas fossem invalidadas", disse Marina. "A Rede Sustentabilidade encaminhou para o TSE o pedido de validação dessas assinaturas para que a própria Justiça repare essa falha dos cartórios."
A validação dessas 95 mil assinaturas pelo TSE é a principal aposta de Marina e demais integrantes do partido em gestação para que a nova legenda receba registro da Justiça Eleitoral. A Rede já apresentou 440 mil assinaturas validadas ao TSE. São necessárias 492 mil assinaturas para a obtenção do registro.
"Estamos confiantes de que a Justiça reparará esse erro cometido pelos cartórios e queremos o registro legal de um novo partido político para defender a democratização da democracia, a Rede Sustentabilidade", disse Marina no vídeo, em que procurou mostrar que a Rede tem representatividade junto à sociedade.
"Muitos partidos se institucionalizam para depois ganhar representação social. Nós fizemos exatamente o contrário", afirmou.