Sem "vocação para marionete", Renan deixa liderança do PMDB

28 jun 2017 - 19h03
Foto: Edílson Rodrigues/Agência Senado

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) comunicou hoje (28) ao plenário do Senado o seu afastamento da liderança do PMDB. Em um discurso contra o governo, Renan afirmou que está deixando a liderança por não concordar com as reformas trabalhista e previdenciária e poder se posicionar com mais independência contra elas.

"Sempre compreendi que mais ajuda aos governantes quem faz críticas. Críticas responsáveis como fiz em algumas oportunidades. Convencido de que o problema para o governo é o líder do PMDB, sou eu, me afasto da liderança para expressar meu pensamento e exercer minha função com total independência", disse.

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"O Brasil precisa atualizar a legislação trabalhista e previdenciária, é verdade. Mas deve se afastar de reformas sem critérios que atendam apenas ao sistema financeiro e parte do empresariado, ampliando desigualdades e sofrimentos", afirmou.

Ao renunciar ao posto, o senador alagoano disse que não tem “vocação para marionete” e que não tolera a “postura covarde de Temer diante do desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”. “Defendo as reformas, mas não as destinadas a cassar os direitos trabalhistas”, afirmou.

No discurso, Renan Calheiros lembrou o episódio em que o ex-senador Sérgio Machado gravou conversa com o atual líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), em que os dois citaram Renan Calheiros e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

O senador voltou a dizer que Eduardo Cunha mantém influência sobre o governo.

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Os senadores do PMDB fazem reunião hoje à noite para definir o nome do novo líder.

Agência Brasil
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