O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), prometeu nesta sexta-feira esclarecimentos à Justiça sobre suposto envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras, enquanto o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou que irá se pronunciar quanto tiver acesso a conteúdo do caso.
Ambos são alvo de investigação autorizada nesta sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator do caso, após pedido de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Nas democracias todos – especialmente os homens públicos – estão sujeitos a questionamentos, justos ou injustos. A diferença está nas respostas. Existem os que têm o que dizer e aqueles que não. Quanto a mim darei todas as explicações à luz do dia e prestarei as informações que a Justiça desejar”, disse Renan em nota à imprensa divulgada no site da Presidência do Senado.
Mais cedo, Renan havia pedido acesso a delações envolvendo seu nome no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, e ao pedido de investigação elaborado pelo Ministério Público, entregue à Suprema Corte na terça-feira.
“Como maior interessado no inquérito, apesar do atropelamento do Ministério Público que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente, considero que este é único instrumento capaz de comprovar o que venho afirmando desde setembro do ano passado”, disse Renan.
Já Eduardo Cunha utilizou sua conta no Twitter para dizer que “a confirmação de que o PGR pediu abertura de inquérito contra mim merecerá a devida resposta asssim que tiver conhecimento do conteúdo”.
Na quinta-feira, o deputado aproveitou reunião de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Petrobras na Câmara para se colocar à disposição e ser inquirido pelos colegas.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)