Revista: depoentes de CPI podem ter recebido perguntas antes

Vídeo obtido pela revista Veja mostra que o chefe do escritório da Petrobras em Brasília e o advogado da empresa enviavam com antecedência a investigados por CPI as perguntas que seriam feitas pelos parlamentares

2 ago 2014 - 15h54
(atualizado às 16h11)

Investigados da CPI da Petrobras, destinada a apurar a suspeita de pagamento de propina a servidores da companhia e o prejuízo financeiro causado em decorrência da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, podem ter tido acesso com antecedência às perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores da comissão, revelou a revista Veja neste sábado.

A publicação teve acesso a um vídeo de 20 minutos que mostra uma reunião da qual participam o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da Petrobras, Bruno Ferreira, e outra pessoa de identidade desconhecida.

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A gravação, feita por um funcionário da empresa, na véspera do depoimento do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, apontado pela presidente Dilma Rousseff como o responsável pela aquisição de Pasadena, mostra que Barrocas e Ferreira tinham acesso às perguntas que os parlamentares fariam aos suspeitos, e assim os treinavam para respondê-las. Um "gabarito" teria sido produzido e enviado em uma ocasião para a presidente da Petrobras, Graça Foster.

O vídeo também mostra a dulpa discutindo qual seria a forma mais segura de enviar as perguntas para investigados como Delcídio do Amaral, senador e pré-candidato a governador de Mato Grosso do Sul e José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras entre 2008 a 2012.

Segundo a Veja, a gravação teria sido feita com uma caneta equipada com uma microcâmera usada por uma pessoa que estava dentro da sala quando o encontro aconteceu.

Fonte: Terra
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