O Rio de Janeiro promete ser um dos estados que terá participação representativa na greve geral convocada pelas centrais sindicais para essa sexta-feira, contra as reformas da previdência e trabalhista propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). Os sindicatos das áreas de Educação, Segurança e Transportes aderiram ao movimento. Quem estiver na capital carioca também poderá ficar sem os serviços bancários e correios. Apesar de apoiar a manifestação, a rede de saúde funcionará.
Transporte
Os motoristas, cobradores e fiscais de ônibus do Rio de Janeiro decidiram em assembleia realizada nesta segunda-feira (24) aderir à greve geral convocada pelas centrais sindicais contra as reformas da Previdência e trabalhista.
Funcionários dos ônibus urbanos, profissionais do BRT, condutores de VLTs, trabalhadores do transporte intermunicipais, do fretamento de turismo e do transporte escolar decidiram paralisar suas atividades a partir da 0h do dia 28.
Segurança
Lideranças das polícias Civil, Federal, Rodoviária Federal e as demais entidades de classe da segurança pública, que formam a União dos Policiais do Brasil (RJ), decidiram que vão aderir ao movimento convocado pelas centrais sindicais para o dia 28 de abril.
Em plenária realizada nesta quarta-feira (26), no Sindicato dos Servidores da Polícia Federal representantes da carreira policial federal, composta por agentes, escrivães, papiloscopistas, peritos e administrativos, assim como delegados da Polícia Federal, delegados da Policia Civil, demais cargos da Polícia Civil e policiais rodoviários federais decidiram, por unanimidade, aderir ao movimento.
Correios
Os Correios entrarão em greve por tempo indeterminado já na quinta-feira,27. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) justificou a decisão foi tomada depois das ameaças de privatização e demissões, o fechamento de agências e o "desmonte fiscal" da empresa, com diminuição do lucro devido a repasses ao governo e patrocínios.
Bancos
Os bancários do Rio de Janeiro vão aderir à greve geral do dia 28 de abril e participar ativamente das manifestações programadas pelas centrais sindicais. A adesão ao movimento grevista foi definida em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (19).A expectativa é que a mobilização dos bancários seja ainda maior do que na última paralisação, no dia 15 de março, quando foram fechadas 60 agências. Segundo informações no site oficial do sindicato dos bancários, no dia da greve, uma creche será organizada pelos sindicatos para garantir que pais e mães possam se unir ao protesto.
Escolas
O Sindicado Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) também convocou a categoria para a manifestação, com concentração às 14 h, em frente a Alerj. No comunicado está explicito que não haverá aulas. Isso também se aplica aos colégios municipais e particulares que se manifestaram através de suas páginas oficiais na internet e contaram com ajuda de carros de som nas ruas para divulgarem o ato.
Saúde
Em comunicado oficial à imprensa, a diretoria do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro declarou apoio incondicional ao movimento nacional de paralisação contra as reformas trabalhista e da previdência, e pelo restabelecimento do estado de direito no País.O sindicato recomenda aos médicos que discutam em seus locais de trabalho, tanto nos serviços públicos como na rede particular, as formas de organização para expressarem com veemência, no dia 28 de abril, seu apoio à luta da população brasileira pelos direitos sociais e a democracia, sem prejudicar o atendimento à população.
Ato na Cinelândia
Todo o efetivo dos órgãos de segurança, foram convocados para uma manifestação com os demais servidores estaduais, às 15h, em frente à ALERJ e, em seguida, deverão seguir em passeata até a Cinelândia para se juntarem ao ato de protesto contra a reforma da previdência, convocado por oito centrais sindicais que terá início às 16h.