O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), informou que 12 suspeitos de atear fogo contra ônibus na zona oeste da cidade nesta segunda-feira, 23, foram presos por "ações terroristas" e serão encaminhados para presídios federais.
A fala foi feita durante coletiva de imprensa realizada no Palácio Guanabara, no início desta noite, ao lado de secretários da Polícia Militar e Polícia Civil, para discutir os ataques realizados após a morte do número 2 de uma milícia que atua na zona oeste da capital carioca, Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus.
"Prendemos 12 criminosos que ateavam fogo em ônibus e esses criminosos estão presos por ações terroristas e serão encaminhados para presídios federais. As forças de segurança estão unidas e ativas [...] Não daremos um passo para trás, o Estado não será tomado pelos criminosos", disse Castro.
Em outro trecho o governador prometeu caçar os chefões de milícia e tráfico: "Nós não descansaremos enquanto não prendermos eles e todos aqueles que o circulam. Porque criminoso no Rio de Janeiro não terá vez e não terá paz", afirmou.
Claudio Castro ainda lamentou 'a onda de ataques' que a cidade sofreu nesta segunda, mas garantiu que o plano "de contingência do governo" já estava ativo, com policiais militares e civis na rua "para garantir que a vida da população volte ao normal". A expectativa do governador é que "amanhã será um dia de muito mais ordem".
Ataques na zona oeste do Rio
Ao menos 35 ônibus, além de veículos e pneus, foram incendiados na zona oeste do Rio de Janeiro como retaliação pela morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus. É a maior ação contra ônibus na cidade em um único dia, segundo informações da GloboNews.
'Faustão' era apontado como número 2 na hierarquia da milícia comandada pelo tio, Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, que atua na zona oeste da cidade. “Além de sobrinho, ele era conhecido como 'Senhor da Guerra', como aquele que era responsável pela guerra da facção, além de ser responsável pela união entre o tráfico e a milícia", explicou Castro.
O miliciano foi morto em confronto com agentes da Polícia Civil, na comunidade de Três Pontes, no bairro de Santa Cruz.