Em um clima de grande tensão, o Democratas do Rio Grande do Norte realizou neste domingo sua convenção e vetou a candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, única chefe do Executivo estadual do partido.
Prevaleceu entre os partidários da legenda a tese do presidente nacional e estadual do partido, senador José Agripino Maia, que defendeu a coligação proporcional com o PMDB, que terá como candidato ao Governo o deputado federal Henrique Eduardo Alves. O grupo de José Agripino teve 121 votos e a defesa da reeleição obteve 63 votos.
A convenção de hoje envolveu planos opostos de dois dos seus principais líderes. O senador José Agripino Maia, presidente estadual e nacional do partido, defendeu o lançamento de chapa apenas proporcional, com uma aliança com o PMDB, PROS e PR. Já a governadora Rosalba Ciarlini pleiteou a reeleição.
O senador José Agripino Maia ressaltou que lançar apenas candidatos a proporcional era questão de sobrevivência do partido. “Comigo e com Rosalba foi só ajuda o tempo inteiro, mas entre Rosalba e o partido, fico com a sobrevivência do Democratas”, afirmou, lembrando também que a governadora foi punida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte com a inelegibilidade.
"Cassação branca"
A governadora Rosalba Ciarlini, visivelmente emocionada, fez uma “prestação de contas da sua gestão” e pediu o apoio do partido para costurar uma aliança.
Após a votação, a ex-vereadora Sonali Rosado, assessora de Rosalba Ciarlini, entregou um documento ao presidente estadual do partido, onde três partidos oficializavam a aliança com a candidatura a reeleição: o PEN, presidido pelo advogado Luís Gomes, o PRP, presidido por , e o PP, que tem a presidência do deputado federal Betinho Rosado, cunhado de Rosalba.
O ex-deputado federal Ney Lopes, que defendeu a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, disse que estava ocorrendo uma “cassação branca” ao não ser permitida a candidatura a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini.