Os negócios envolvendo a construção da Arena do Grêmio, mais de uma década atrás, até agora só renderam insegurança e um cenário de abandono aos moradores do entorno do Estádio Olímpico. Nesta semana, o vereador e líder da oposição, Roberto Robaina, questionou o Executivo e a própria Câmara Municipal sobre as providências para que a área no bairro Azenha receba uma imediata intervenção. O parlamentar deve procurar, nos próximos dias, o Ministério Público para tratar da urgência de se acelerar a solução para o lugar.
- Há mais de um ano, o prefeito Sebastião Melo se pronunciou sobre o Olímpico e disse que se os responsáveis pelo estádio não tomassem medidas na área, a prefeitura faria a desapropriação. O projeto até foi encaminhado para a Câmara, mas parou porque não recebeu respostas da própria prefeitura - diz o vereador
Robaina explica que o projeto de lei do Executivo foi apresentado no final de 2022 à Câmara, prevendo a redução dos valores dos índices construtivos e desapropriação do Olímpico caso nada fosse feito. A proposta ficou parada na Comissão de Finanças (Cefor) porque, em outubro de 2023, o vereador João Bosco Vaz encaminhou à Procuradoria Geral do Município - PGM um pedido de diligência, mas até agora não recebeu resposta.
- Agora, em fevereiro, o vereador Bosco, que está com esse tema na comissão, fez novo pedido à PGM. De novo, não recebeu a resposta. Parece que a urgência demonstrada pelo prefeito para resolver a questão ficou só no discurso - lamentou Robaina.
A novela envolvendo o Estádio Olímpico passa também pelas contrapartidas à obra da Arena, que, segundo entendimento do Ministério Público, seriam responsabilidade das empresas sucessoras da OAS mas também do Município, que poderia realizá-las e depois ser ressarcido. No entanto, até agora, essas melhorias na região do novo estádio gremista também continuam só no papel.
- Nós vamos cobrar mais agilidade nisso. Os moradores da Azenha, do Menino Deus, do bairro Medianeira não aguentam mais conviver com os escombros do Olímpico. Desvaloriza a região e traz insegurança - disse Robaina.