O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência,Miguel Rossetto, considerou nesta sexta-feira "uma agressão a nossa democracia" o atentado com um bomba caseira contra o instituto dirigido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ataque com um explosivo de pouco poder destrutivo lançado de um automóvel, que não deixou feridos, mas pequenos danos no portão de alumínio da sede do Instituto Lula em São Paulo, foi qualificado como um atentado "político" pelo próprio organismo, que exigiu "que os responsáveis sejam identificados e castigados".
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"São inaceitáveis esses atos de violência e intolerância no nosso país", afirmou em comunicado o secretário-geral da presidência, um importante correligionário de Lula no PT e que também foi ministro em seu governo.
Para Rossetto, o ataque de quinta-feira à noite "é uma agressão a nossa democracia", em um país que "tem um histórico de diálogo pacífico e rejeição a atos violentos, que esperamos que continue e seja ampliado".
Por sua parte, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que pediu que a Polícia Federal assumisse a investigação e não descartou a hipótese de ter sido um ataque com motivações políticas.
"Tudo é considerado quando nós temos um fato submetido a uma investigação. A Polícia Federal seguramente agirá para apurar o que ocorreu porque evidentemente é uma situação que merece uma investigação. E, claro, ao se pegar os autores de uma iniciativa dessa natureza, é necessário puni-los", declarou Cardozo.
O presidente do PT, Rui Falcão, considerou "inaceitável a escalada de ódio" contra o partido, que atribuiu às iniciativas de "alguns setores da sociedade" de "criminalizar" a legenda.
O diretório estadual do partido emitiu nota em que lembra não ser esse o primeiro ataque contra imóveis do PT. Em março, uma bomba caseira atingiu o diretório zonal do centro e outra o diretório municipal de Jundiaí. "Os atos refletem a escalada da intolerância e do ódio que alguns setores da sociedade e da mídia têm amplificado nos últimos meses", diz a nota.