O pré-candidato do Psol ao governo do Rio Grande do Sul, Roberto Robaina, disse na noite desta quarta-feira, durante entrevista concedida à Ulbra TV, em parceria com o Terra, que, uma vez no governo, trabalharia sem o apoio dos partidos tradicionais, mas com o apoio popular, para adotar medidas radicais como a revisão da dívida pública do Estado.
“Tem que quebrar essa politica dominada pelos ricos e pela corrupção, e a única forma de quebrar isso é com a população começando a fazer política ao seu modo... as coisa não são feitas de uma hora pra outra, estamos discutindo uma metodologia, não podemos ter governantes que governem para uma pequena minoria privilegiada... uma logica diferente, mas com apoio popular”, afirmando que partidos com o PTB são ligados com “todo o tipo de corrupção”.
“Porque ai tem que ir atrás de qualquer partido picareta, e se a governabilidade for governar com o PTB... sabe quem é o PTB? É o Collor, é o Roberto Jefferson, preso pelo esquema do mensalão, é um partido vinculado com o todo tipo de corrupção... e nós vamos depender do PTB? Ao invés de apoiar no povo com medidas impopulares.. os governantes se apoiam em partidos que tem a lógica antipopular, que aceitam fazer da politica um balcão de negócios votando contra os anseios do povo”, afirmou Robaina.
Ele diz que um desses rompimentos poderia ser o da dívida do Estado do Rio Grande do Sul com a União, que compromete boa parte do orçamento estadual, que ele não diz ser um calote, porque “calote eles estão dando em nós”.
“Precisa se fazer uma auditoria da dívida, para quem o Rio Grande do Sul está pagando essa dívida? Para onde estão indo esses R$ 3 bilhões, 13% da receita, dá para pagar o piso do magistério... são para pagar as cinco mil famílias mais ricas do País”, afirmou, cintando ainda que Itamar Franco contestou a dívida paga pelo Estado de Minas Gerais.