O presidente Jair Bolsonaro (PL) considerou hoje a possibilidade de ser derrotado nas eleições deste ano. "Se alguém ganhar de mim, é porque é melhor do que eu", declarou o chefe do Executivo em cerimônia no Palácio do Planalto - apesar de ter reiterado críticas indiretas durante o pronunciamento ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário e líder nas pesquisas de intenção de voto.
Bolsonaro ainda voltou a dizer que as eleições deste ano serão transparentes e apostou em um Congresso Nacional melhor a partir de 2023. "Esse navio chamado Brasil não vai submergir, não é um Titanic", declarou, em tom otimista.
O presidente também voltou a utilizar o argumento da dependência dos fertilizantes para defender sua viagem à Rússia quando o país estava na iminência de dar início à guerra contra a Ucrânia. "Ficamos sem gasolina, sem televisão, sem zap, mas não sem comida", declarou. Em seguida, mostrou confiança na aprovação do PL que autoriza a exploração mineral em terras indígenas.
Internacional
Sem citar qualquer país especificamente, Bolsonaro fez críticas veladas ao Chile e aos Estados Unidos. "Se 10% das propostas da Constituinte forem aprovadas, acabou, acabou, porra", disse o presidente sobre um país da América Latina que não faz fronteira com o Brasil e passou por um processo de reforma constitucional recentemente. "Alguns me falaram: 'se der errado vou para o Norte'. Está ficando complicado no Norte também", acrescentou Bolsonaro, que tem uma relação tensa com o presidente americano, Joe Biden.