Se eleito, Lindbergh quer modificar projeto das UPPs no Rio

Senador teve a candidatura ao governo do Estado do Rio de Janeiro homologada na manhã desta sexta-feira, em convenção estadual dos petistas, no centro da capital fluminense

20 jun 2014 - 15h27
(atualizado às 15h30)
Foto: Divulgação

Manter a política das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, mas com modificações que considera essenciais para a manutenção deste programa público de segurança. Esta é a a opinião do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que teve na manhã desta sexta-feira, no centro da capital fluminense, a sua candidatura ao governo do Estado homologada em convenção estadual do partido. 

Sabedor da popularidade que o programa das UPPs adquiriu desde o seu início, em 2008, na comunidade Santa Marta, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, Lindbergh, se eleito, quer promover duas modificações que considera essenciais. 

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"Temos que colocar escola em horário integral, com atividades culturais, temos que ter política públicas dirigidas para a juventude. Isso não entrou junto. Só ocupação policial não se sustenta", criticou sobre a grande bandeira peemedebista, alavancada nos dois mandatos de Sérgio Cabral no Estado, e sustentada agora pelo candidato e atual governador, Luiz Fernando Pezão. 

"E vamos fazer uma reforma na polícia, que respeite o direito do trabalhador e para que seja de fato um policiamento comunitário. Policiamento de proximidade. É preciso corrigir estes dois pontos para melhorar o projeto das UPPs", complementou o senador petista, que terá ainda como adversários no pleito estadual o também senador e ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRTB-RJ) e o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). 

Ainda no quesito segurança pública, Lindbergh, ao que tudo indica, seguirá o planejamento de campanha do programa nacional petista no que diz respeito ao marketing junto às camadas mais pobres da população. Para isso, ele cita a discrepância que julga existir hoje entre o policiamento dos batalhões e o efetivo utilizado nas UPPs. 

"Hoje você tem no Leblon um policial para cada 150 habitantes. Não estou querendo mexer nisso, mas não é justo você ter na Baixada Fluminense um para 1.600 (habitantes). Então, quando eu digo que política de segurança não é só UPP é porque os novos policiais que vão sendo formados, uma parte vai para as UPPs, e outra parte vai para os batalhões, principalmente nestas cidades (mais pobres)", complementou o candidato sobre as mudanças que pretende implementar caso eleito no pleito de outubro. 

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Na última pesquisa Ibope / Firjan divulgada na última terça-feira, o senador petista aparece apenas em quarto lugar na pesquisa, com 11% das intenções de voto e empatado tecnicamente com Luiz Fernando Pezão (PMDB), com 13% - uma vez que a margem de erro divulgada é de três pontos. Garotinho segue na liderança com 18%, seguido por Crivella, com 16%, em novo empate técnico.

 

Fonte: Terra
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