Fachin toma posse no STF e corte volta a ter 11 ministros

Cerimônia não teve a presença da presidente Dilma Rousseff nem discurso do novo ministro

16 jun 2015 - 17h11
(atualizado às 18h53)

O jurista Luiz Edson Fachin tomou posse nesta terça-feira (16) como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma breve cerimônia no plenário da corte, que não contou com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Luiz Edson Fachin passou por sabatina de 10h no Senado para  ter seu nome aceito
Luiz Edson Fachin passou por sabatina de 10h no Senado para ter seu nome aceito
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Fachin, que teve sua indicação ao STF aprovada pelo Senado em maio, assume a cadeira vaga desde a aposentadoria do ex-ministro Joaquim Barbosa, em julho do ano passado. Com sua posse no tribunal, o Supremo volta a atuar com a composição completa, de 11 ministros, o que não ocorria desde que Barbosa se aposentou espontaneamente da corte.

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A posse de Fachin, que não discursou na cerimônia, foi prestigiada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A indicação do agora novo ministro por Dilma provocou polêmica no Congresso Nacional pela sua proximidade com movimentos sociais e pelas posições vistas como liberais em Direito de Família.

Fachin, de 57 anos, teve de passar por uma sabatina de mais de 10 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, antes de seu nome ser aprovado pelo colegiado e, posteriormente, pelo plenário da Casa.

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Protesto

Enquanto ocorria a cerimônia, servidores do Judiciário e do Ministério Público da União protestaram em frente ao STF durante a posse do novo ministro pedindo reajuste salarial. "Estamos há mais de nove anos sem reajuste. Os servidores do Judiciário passam por um momento difícil, com mais de 60% de defasagem salarial. Protestar aqui, hoje, foi um meio de mostrar nossa indignação", disse José Rodrigues Costa, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Distrito Federal.

Os manifestantes exibiam faixas e cartazes e tocaram buzinas na entrada das autoridades no STF. O trânsito na Praça dos Três Poderes chegou a ficar interrompido por alguns minutos. A segurança ao redor do Supremo foi reforçada.

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