Grupos de oposição promovem neste domingo (12) uma onda de manifestações em defesa do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, mas sem a participação de militantes de PT e Psol.
Os atos foram convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua (VPR), que já haviam liderado os protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015 e 2016. Por conta disso e do antigo apoio desses grupos a Bolsonaro, petistas preferiram não sair às ruas neste domingo.
"Chega de Bolsonaro, PT e Lula", disse o vereador Fernando Holiday (Novo-SP), ex-MBL, durante a manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. No entanto, apesar do boicote petista, os protestos tiveram a presença de militantes do PDT, partido de Ciro Gomes, do PCdoB e da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Ainda assim, os atos pelo impeachment de Bolsonaro reuniram visivelmente menos gente do que os protestos contra a democracia convocados pelo presidente em 7 de setembro.
Na ocasião, Bolsonaro atacou os ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e voltou a defender o voto impresso, pauta já derrubada pelo Congresso.
As manifestações do Dia da Independência reacenderam o debate sobre um possível impeachment do presidente, que acabou publicando uma carta em tom de desculpas escrita com a ajuda de seu antecessor, Michel Temer.