Senador diz já ter assinaturas suficientes para CPI da covid

Comissão deve apurar as "ações e omissões" do governo federal no enfrentamento da doença no Brasil

3 fev 2021 - 14h02
(atualizado às 14h24)

O senador Randolfe Rodrigues (AP) anunciou que obteve a quantidade necessária de assinaturas para protocolar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 no Senado. Segundo o requerimento, a CPI terá como objetivo "apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas".

Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Saúde, Eduardo Pazuello
08/12/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Saúde, Eduardo Pazuello 08/12/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O requerimento obteve 27 assinaturas, segundo a assessoria do líder da Rede no Senado, e deve ser protocolado ainda nesta quarta-feira, 3. Depois, seguirá para a aprovação do recém-empossado presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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Em paralelo à CPI do Senado, há uma articulação para que também seja aberta uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com participação da Câmara e do Senado. Para isso, porém, seria necessário conseguir assinaturas de 171 deputados.

O documento aponta uma atuação "sistemática" do governo na violação de direitos fundamentais básicos à vida e à saúde da população. De acordo com o requerimento, desde o início da pandemia no País, "o governo federal tentou impedir que os entes federados pudessem tomar medidas para diminuir o ritmo da propagação do vírus, como o isolamento social, o uso de máscara e álcool em gel".

No documento, o senador ressalta o atraso no início da campanha de vacinação, mesmo diante da falta de leitos e do aumento nos registros de morte e casos de covid-19. Ele responsabiliza o governo federal pela falta de planejamento para lidar com a crise de saúde no Amazonas, marcada pela falta de oxigênio nos hospitais da capital Manaus.

"As omissões e ações erráticas do governo federal não podem mais passar incólumes ao devido controle do Poder Legislativo", afirma o documento.

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