Senadora Marta Suplicy pede desfiliação do PT e diz que partido se "desviou"

28 abr 2015 - 18h11
(atualizado às 18h11)

A senadora Marta Suplicy (SP), liderança histórica do PT e ministra tanto do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, pediu nesta terça-feira sua desfiliação do partido.

Senadora Marta Suplicy em entrevista à Reuters, em São Paulo. 16/12/2010
Senadora Marta Suplicy em entrevista à Reuters, em São Paulo. 16/12/2010
Foto: Nacho Doce / Reuters

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a senadora afirma ainda que o partido se "desviou" do caminho certo e se "contaminou com o poder".

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A senadora também preparou uma carta endereçada aos dirigentes da sigla, dizendo-se "isolada e estigmatizada" pela direção partidária. Marta também afirma que os crimes imputados a petistas, foco de investigações pela Polícia Federal, lhe causam um "grande constrangimento".

"É de conhecimento público que o Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou", disse a senadora na carta.

"No meu sentir e na percepção de toda a nação, os princípios e o programa partidário do PT nunca foram tão renegados pela própria agremiação, de forma reiterada e persistente", afirmou Marta, acresentando que a legenda não tem mais abertura para o diálogo com suas bases.

Na carta destinada a dirigentes do PT, Marta argumenta ainda que a direção do PT vem "restringindo, cerceando e limitando" sua atuação no Congresso.

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"Não fui ouvida. Não tenho compromisso com os reiterados desvios programáticos e toda sorte de erros cometidos".

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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