O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 24, que as pressões políticas no Senado contra a aprovação no nome de André Mendonça para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) são porque senadores gostariam de indicar nomes para o cargo, mas que não abrirá mão dessa prerrogativa.
"É natural as pressões, porque senadores querem indicar nomes também. Só que essa prerrogativa eu não abro mão. E acredito que brevemente os senadores venham a aprovar o nome do André Mendonça lá no Senado e ele possa ocupar uma cadeira que está vaga lá no Supremo Tribunal Federal", disse Bolsonaro em entrevista a uma rádio de Alagoas.
Depois de várias semanas parado na mesa diretora da Casa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), liberou a indicação de Mendonça para a Comissão de Constituição e Justiça, mas não há prazo para que o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP) marque a sabatina.
Depois de Bolsonaro apresentar um pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes ao Senado, o clima para aprovação de Mendonça ficou ainda mais difícil.
Ao mesmo tempo, como mostrou a Reuters, apesar de defender em entrevistas o seu ex-ministro, Bolsonaro não escalou aliados para ajudarem Mendonça a conquistar votos entre os senadores. Isolado, o ex-ministro da Justiça trabalha sozinho em um ambiente hostil por sua própria aprovação.