Depois de estar sendo investigado pela Polícia Federal por ter cometido crime contra a democracia, o cantor cantor sertanejo Sérgio Reis, de 81 anos, resolveu se manifestar e concedeu uma entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, do SBT.
Durante a conversa, o músico comentou sobre os áudios em que ele aparece convocando uma greve geral dos caminhoneiros contra os ministros do Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, a repercussão negativa do pedido o deixou abalado e desencadeou problemas de saúde.
“Eu errei, cara, quem que não erra, quem não faz uma bobagem um dia?”, começou se justificando. Embora continue dizendo que não se arrepende do que fez. “Não me arrependo de nada, só essa frase infeliz que brinquei com um amigo e vazou, mas não é a realidade”.
Apesar disso, Sérgio Reis pediu desculpas. “Quero me redimir com esse povo, desculpa! Até o Supremo, se tiver algum pedido para me prender, aceito com respeito. Não saí daqui, não me escondi. Se 6h da manhã vier a Polícia Federal aqui em casa, eu me entrego“, disse o sertanejo antes de completar: “Eu sou democrático, sou do bem, sou do amor”.
Mesmo com o pedido de desculpas, o cantor aproveitou para criticar a Corte. “Eles tomam as atitudes que acham que estão certas, se acham os donos do país, fazem coisas que desagradam a gente. Isso incomoda. São soberanos, mas até onde vai eu não sei. O Senado tem que acordar, desculpe. Pergunta para o povo que vai lá se eles concordam com eles. Eu não concordo. Se você concorda, problema seu, é seu direito, é democracia. A frase está errada, eu reconheço. Só não quero eles lá, alguém tem que tirar.”
No áudio em questão, Sérgio Reis - que já se posicionou como aliado de Jair Bolsonaro e contra posições do STF - afirma que “se em 30 dias eles não tirarem aqueles caras, nós vamos invadir e quebrar tudo”. Ouça:
Áudio do Sérgio Reis
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— Ana Paula 🇧🇷🇧🇷 (@kapitu_rebelde) August 15, 2021