Depoimentos e mensagens obtidos pela Polícia Federal (PF) apontam que o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, tentou atrapalhar a votação de eleitores Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.
Vasques direcionou a 'Operação Eleições 2022' para tentar coibir a movimentação de eleitores de Lula, com a realização de bloqueios em rodovias principalmente na região nordeste. O ex-diretor foi preso nesta quarta-feira, 9, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o jornal O Globo, Vasques teria dito, em uma reunião realizada em 19 de outubro, que primeiro e a corporação precisava "tomar um lado" – em inclinação a candidatura de Bolsonaro. A data de reunião coincide com o intervalo entre o primeiro e segundo turno do pleito de 2022
Ao todo, 47 policiais participaram da reunião. Todos foram proibidos de entrar com telefones celulares, para tentar manter o teor do encontro em sigilo. Ainda segundo a publicação, a direção da PRF não registrou na ata e também não consta na agenda oficial de Vasques.