Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, é preso por suposta interferência nas eleições

Silvinei foi detido em Florianópolis; outros 47 policiais rodoviários federais serão ouvidos na operação deflagrada nesta quarta

9 ago 2023 - 07h03
(atualizado às 11h09)
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques
Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO / Estadão

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi preso preventivamente nesta quarta-feira, 9, na Operação Constituição Cidadã, que investiga suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022. Vasques foi detido em Florianópolis e deve ser transferido para Brasília.

De acordo com as investigações, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o objetivo de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro, segundo turno das eleições.

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"Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país", informou a Polícia Federal (PF). 

Nas eleições, no Nordeste, o presidente Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto. Um dia antes do 2º turno, Silvinei Vasques declarou voto em Bolsonaro.

Nesta quarta-feira, além do mandado de prisão preventiva, os policiais federais cumprem mais 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

A operação também tem o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou que 47 policiais rodoviários federais prestem depoimento sobre o caso.

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Os fatos investigados configuram os crimes de prevaricação (servidor público deixa de exercer o seu dever), violência política, e impedir ou atrapalhar a votação.

Quem é Silvinei Vasques e quais as acusações contra o ex-diretor da PRF Quem é Silvinei Vasques e quais as acusações contra o ex-diretor da PRF

Em nota, a PRF informou que o corregedor-geral da PRF, Vinícius Behrmann, acompanha a operação, na Sede da PF, em Brasília, e que a corporação colabora com as investigações.

"A PRF colabora com as autoridades que investigam as denúncias de interferência do ex-diretor-geral no segundo turno das eleições para a Presidência da República, em 30 de outubro de 2022, com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais", disse.

"Paralelamente às investigações no STF, foram abertos três processos administrativos disciplinares, no âmbito da PRF, para apurar a conduta do ex-diretor-geral. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta do ex-diretor-geral da PRF", acrescentou.

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*Com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte: Redação Terra
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