Silvinei Vasques, ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), alega que está sendo vítima de “tortura psicológica” no Complexo Penitenciário da Papuda, localizado no Distrito Federal. As informações são da TV Globo e da GloboNews. Ele foi preso no último dia 9, na Operação Constituição Cidadã, que investiga suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.
Segundo a reportagem, Silvinei reclamou, tanto para pessoas próximas, quanto para sua defesa, de risco para sua integridade física, devido a proximidade de outros presos comuns.
Além disso, ele se queixa que está tendo dificuldade para dormir, devido ao excesso de barulho dentro da penitenciária. Essas condições, segundo ele, agravam problemas de saúde que tem por deficiência de imunidade.
Ainda segundo a TV Globo, Silvinei também afirma que o seu regime alimentar está incorreto, relatando episódios de fome, uma vez que possui resistência à glúten e alega que a disponibilização de uma alimentação especial está sendo negada para ele.
Após essas queixas, a defesa formulou um pedido de transferência do Complexo Penitenciário da Papuda para o 19º Batalhão da Polícia do Distrito Federal, local onde os militares são detidos provisoriamente.
Sua defesa também argumenta que a legislação garante aos funcionários policiais a nível federal direito a tratamento diferenciado durante a prisão. O pedido para ser transferido da Papuda será avaliado pela Vara de Execuções Penais de Brasília.
Em nota enviada ao Terra, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF informa que o custodiado em questão permanece separado de outros reeducandos. "Todas as denúncias relacionadas ao sistema penitenciário são criteriosamente apuradas e, havendo qualquer indício de materialidade, punições administrativas são aplicadas sem o prejuízo das sanções criminais aplicáveis ao caso", destaca.
Quem é Silvinei Vasques e quais as acusações contra o ex-diretor da PRF
Prisão de Silvinei
Silvinei foi preso porque, segundo investigações, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o objetivo de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro, segundo turno das eleições.
"Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país", informou a Polícia Federal (PF).
Nas eleições, no Nordeste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto. Um dia antes do 2º turno, Silvinei Vasques declarou voto em Bolsonaro.
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