Sindicato da Abin classifica como "humilhante" proposta de ‘reajuste’ zero oferecida pelo governo Lula

Categoria considera proposta de reajuste zero em 2023 a pior dos últimos tempos

20 jul 2024 - 19h14
Funcionários se dizem humilhados com o "reajuste" zero para a base em 2025. 
Funcionários se dizem humilhados com o "reajuste" zero para a base em 2025.
Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil / Estadão

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) classificou como "humilhante" a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e anunciou, na sexta-feira, 19, o início de uma operação padrão.

O Ministério da Gestão e Inovação ofereceu reajuste zero para a base em janeiro do ano que vem e 5% de aumento em abril de 2026. Para o topo da carreira, a recomposição proposta é de 9,5% no ano que vem e de 5% em 2026. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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Funcionários se dizem humilhados com o "reajuste" zero para a base em 2025.  A categoria chamou de "desastrosa" a segunda mesa de negociação realizada na quinta-feira, 18, e disse que a equipe do ministério "demonstrou ignorar completamente todos os problemas" apontados na primeira rodada.

"Essa situação não nos deixou alternativa, tanto pelo acinte da proposta quanto pela criticidade da vacância de nossos cargos, senão estabelecer uma operação padrão em relação às atividades da Abin", diz a nota divulgada pela Intelis.

A associação citou eventos importantes, como a realização do "Enem dos Concursos", no mês que vem, e a reunião da cúpula do G20, em novembro, no Rio de Janeiro, e disse que o governo decidiu "abrir mão" de sua agência de inteligência.

Confira a nota completa 

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Os servidores da ABIN tiveram uma tarde desastrosa no dia de ontem. Após o governo do desvio, a Inteligência de Estado do Brasil sofre agora com o governo do desmonte. A equipe de negociação do MGI, a quem tanto apoiamos em trabalhos recentes, demonstrou ignorar completamente todos os problemas que apontamos na primeira mesa e chegou ao absurdo de nos oferecer humilhantes ZERO POR CENTO de recomposição em 2025 para a base, punindo a única carreira que já possui 20 padrões desde 2004. Para o topo da carreira foi repetida a pior proposta dentre as que têm sido colocadas para níveis semelhantes, 9,5% em 2025 e 5% em 2026.

Essa situação não nos deixou alternativa, tanto pelo acinte da proposta quanto pela criticidade da vacância de nossos cargos, senão estabelecer uma Operação Padrão em relação às atividades da ABIN. Sentimos muito pela população brasileira, a quem não conseguiremos mais garantir a segurança e atender nas mais diversas áreas em que atuamos, mas chegamos a um ponto de não retorno, em que sabemos que o órgão não resistirá a um 3º episódio de descolamento frente às demais carreiras.

Às vésperas da realização de eleições municipais, CPNU, reunião do G20 e desintrusões de terras indígenas, eventos críticos e do interesse de agentes adversos, o Governo do Brasil decide abrir mão da sua agência de Inteligência e escolhe deliberadamente tomar decisões à base do improviso.

Esperamos que ainda haja tempo para reverter o dano gigantesco que será o primeiro país do G-20 a prescindir do seu serviço de Inteligência. Por ora, a granada segue no bolso do "inimigo".

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Fonte: Redação Terra
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