Situação de pastor é 'insustentável', diz presidente da Câmara

Henrique Alves assegurou que até a próxima terça-feira uma decisão definitiva será tomada sobre a situação do pastor Marco Feliciano

21 mar 2013 - 12h49
(atualizado às 12h54)
<p>Na última quarta-feira, a reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias foi suspensa devido aos protestos contra seu presidente, Pastor Marco Feliciano</p>
Na última quarta-feira, a reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias foi suspensa devido aos protestos contra seu presidente, Pastor Marco Feliciano
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta quinta-feira que o impasse em torno da eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou e "insustentável" e que vai tomar uma decisão definitiva até a próxima terça-feira. Ontem, Alves fez um apelo ao pastor Feliciano para que renunciasse ao cargo. O presidente da Câmara também se reuniu com o líder do PSC, deputado André Moura (SE), e o primeiro-vice-presidente do partido, pastor Everaldo Pereira, para tratar do assunto.

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"Criou-se um clima de radicalização que esta Casa não pode aceitar. Esta Casa tem que primar pelo equilíbrio, pela serenidade, objetividade e pelo trabalho parlamentar e, do jeito que está, se tornou insustentável. Eu asseguro que (isso) será resolvido até terça-feira da semana que vem", disse Henrique Alves. Segundo ele, o assunto, agora, passou a ser de responsabilidade não apenas da própria comissão, mas também do presidente da Câmara.

"A Comissão de Direitos Humanos, pela sua importância, não pode ficar nesse impasse. Espero que, até no máximo terça-feira, nós tenhamos uma decisão sim. Agora, passou a ser também a responsabilidade do presidente da Câmara dos Deputados", enfatizou. Ontem, na segunda reunião da comissão sob o comando do pastor Marco Feliciano, os manifestantes intensificaram os protestos e conseguiram impedir os trabalhos.

Feliciano é alvo de protestos de grupos defensores dos direitos dos homossexuais e dos negros por ter publicado nas redes sociais comentários ofensivos contra gays e negros. As manifestações contrárias ao pastor começaram desde que o nome do deputado foi cotado para presidir a comissão, uma vez que caberia ao PSC a indicação do comando do colegiado.

Agência Brasil
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