Sobrevivente do ataque à Marielle diz que operação da PF é 'passo importante' para desvendar crime

Ex-bombeiro Maxwell Corrêa, suspeito de ter ocultado provas, é preso após delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz

24 jul 2023 - 12h33
(atualizado às 13h55)
Fernanda Chaves era assessora de Marielle Franco em 2018
Fernanda Chaves era assessora de Marielle Franco em 2018
Foto: Arquivo Pessoal

RIO - Sobrevivente do ataque à vereadora Marielle Franco, a jornalista Fernanda Chaves afirmou nesta segunda-feira, 24, que a operação que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Corrêa é um "passo importante" nas investigação que apuram o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

"Recebo a notícia com satisfação. Um passo importante, sobretudo após um imenso hiato, em que ficamos sem qualquer avanço das investigações e nenhuma manifestação das autoridades sobre esse crime", afirmou Fernanda em nota.

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Fernanda estava no carro com Marielle e com Anderson Gomes, que também morreu no ataque. À época, ela disse só se lembrar da rajada de tiros que matou a vereadora e o motorista. Logo depois dos assassinatos, a assessora deixou o Brasil. Retornou ao País com o andamento das investigações.

"O assassinato de Marielle foi um crime político. Esse atentado expôs a vulnerabilidade da nossa democracia e expôs a frágil proteção oferecida aos defensores de direitos humanos", disse.

PF prende ex-bombeiro em operação sobre assassinato de Marielle e Anderson
Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo com Fernanda, o não esclarecimento do crime "só fez contribuir para a sensação de impunidade e ainda macula a legitimidade das instituições garantidoras de justiça e segurança pública do país".

"Seu não esclarecimento só fez contribuir para a sensação de impunidade e ainda macula a legitimidade das instituições garantidoras de justiça e segurança pública do país - e foi assim nos últimos anos. Quem zela pela democracia irá em busca da resposta, justiça e responsabilização", concluiu.

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Nesta segunda-feira, a PF prendeu Maxwell Corrêa, conhecido como Suel. Como mostrou o Estadão, de acordo com a PF, Maxell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle, dando "apoio logístico de integração" com os demais investigados, o ex-PM Élcio Queiroz e Roni Lessa. Segundo a investigação, ex-bombeiro teve "papel importante" no caso, tanto "antes como depois". Ele teria ajudado na ocultação de provas.

Elcio Queiroz fez um acordo de delação premiada para revelar novas informações sobre o assassinato de Marielle e Anderson.

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