A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), que ficou em quinto lugar na corrida presidencial em 2022, esteve na cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo, 1º, em Brasília. Ao circular do lado de fora do Congresso, a parlamentar foi hostilizada por petistas, que a chamaram de "fascista" e "bolsonarista de saia", em alusão ao seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2018.
"Sou não", respondeu a senadora, em meio aos gritos de uma apoiadora petista. Em seguida, Thronicke justificou: "Estou com vocês. Estamos juntos, sou brasileira. Eu trabalho para o Brasil inteiro, eu vou votar com o Brasil".
A parlamentar, no entanto, admitiu ter errado ao declarar apoio a Bolsonaro. "Eu lambia a bota do Bolsonaro, agora não quero mais. Errei! O bom da vida da gente é ver onde a gente errou e assumir. Eu não passo pano nunca mais para esse homem [Bolsonaro]. Eu volto atrás e assumo onde eu errei", completou.
Sobre a polêmica com o Padre Kelmon (PTB), que também concorreu à Presidência da República, a senadora foi irônica e criticou o fato do ex-presidenciável ter sido desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. "Está sem emprego aquele padre. Até a igreja expulsou ele. Eu senti cheiro de enxofre. Eu senti o cheiro do capeta. Ele tá no inferno", disparou.
Ao Terra, a parlamentar também comentou a posse e o discurso do presidente Lula.