SP: Assessora da deputada Erika Hilton sofre assédio dentro de ônibus

Além dela, homem também assediou outras mulheres, sendo que uma delas estava com uma criança de 3 anos

28 out 2023 - 13h04
(atualizado às 13h32)
SP: Assessora da deputada Erika Hilton sofre assédio dentro de ônibus
SP: Assessora da deputada Erika Hilton sofre assédio dentro de ônibus
Foto: Reprodução/Instagram

A vereadora de São Sebastião e assessora da deputada federal Erika Hilton (Psol), Pauleteh Araújo, de 28 anos, foi vítima de importunação sexual dentro de um ônibus que ia de Bertioga para São Sebastião, ambos em São Paulo. Em imagens compartilhadas nas redes sociais da vereadora, o homem, cujo nome não foi revelado, tenta passar a mão nela, se masturba e até lhe oferece R$ 100 para que a vítima o tocasse. Ele foi preso em flagrante. 

O caso aconteceu na tarde de sexta-feira, 27. Pelo Stories do seu perfil do Instagram, Pauleteh contou que o assédio começou assim que ela entrou no ônibus

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"Quando entrei, ele falou: 'Nossa, pensei que você ia sentar do meu lado'. E, ai, eu cumprimentei ele, porque achei que fosse mais uma pessoa que me conhece e me sentei. Aí ele começou a me importunar e vir pra cima de mim", relatou. 

A vereadora conta que o homem tentava sentar na mesma poltrona que ela e, após ouvir as primeiras negativas, começou a se masturbar. "Eu pedia para ele se afastar de mim, para não encostar a mão em mim", contou Pauleteh. 

"Tirou uma nota de R$ 100 e começou a me oferecer: 'Nunca foi tão fácil ganhar cem reais. Vamo (sic.) no banheiro", relembrou.

Pauleteh diz que assim que ele se levantou para ir ao banheiro, ela conversou com a mulher que estava sentada na poltrona da frente e ela contou que também tinha sido assediada pelo homem. 

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"Ela falou que ele já estava mexendo com ela desde o início da viagem, ela entrou em Santos. Ele tentava passar a mão nela, tentava passar a mão na filha dela de três anos de idade. Ali meu sangue esquentou", contou Pauleteh, revoltada. "Queria muito quebrar ele na porrada. Ele com o órgão de fora, não se importava com nada". 

Foi então que Pauleteh se levantou para denunciar o caso ao motorista. De acordo com ela, o motorista agradeceu por ter feito a denúncia, pois "na maioria das vezes, a vítima não denuncia". 

"A palavra da vítima é sempre desacreditada, mas como eu tinha provas... Filmei a todo tempo o que estava acontecendo, então não tive medo. É minha responsabilidade denunciar e não permitir que esse tipo de coisa aconteça", diz.

Após a denúncia, o ônibus parou em uma base da polícia em Boracéia e uma viatura levou o homem detido. De acordo com a CNN Brasiil, além de Pauleteh, outras mulheres também denunciaram o assédio, sendo que uma delas afirmou que o assediador chegou a puxar seus cabelos. 

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O caso foi registrado na delegacia da Polícia Civil de Bertioga e o homem foi preso em flagrante. Ainda segundo informações divulgadas pela CNN, o homem disse aos policiais que Pauleteh teria "dado mole" a ele e só lhe ofereceu dinheiro por acreditar que "esse era seu trabalho". O homem disse ainda que colocou o pênis para fora e foi ao banheiro do ônibus por acreditar que a mulher o seguiria para "fazer alguma coisa para ele". Ele negou que tenha abordado a segunda vítima. 

Importância da denúncia

Pauleteh ainda usou o caso como exemplo do quanto é importante denunciar. "Você sendo a vítima, [ou] sendo testemunha de um caso como esse, não se cale, porque isso é crime. Nós não podemos deixar este tipo de coisa continuar acontecendo", falou. 

"Esse daí está preso, mas imagina quantas pessoas esse cara já não importunou? Quantas pessoas esse cara já não deve ter abusado sexualmente? Para ele, está tranquilo em se masturbar dentro de um ônibus lotado, tentar abusar de uma criança, de passar a mão em uma criança. Não podemos nos calar, temos que denunciar", incentivou. 

\'Se é dentro de um transporte público, procure um motorista, procure o cobrador, mas denuncie", disse Pauleteh, por fim. 

Em um post, a vereadora compartilhou qual é a orientação para casos semelhantes. “Avise imediatamente o motorista ou cobrador(a). A polícia será acionada ou o veículo conduzido à delegacia mais próxima. Ligue 156”. 

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Fonte: Redação Terra
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