O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta quarta-feira que Mário Vinícius Claussen Spinelli, secretário nacional de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas, da Controladoria Geral da União (CGU), será o secretário da Controladoria Geral do Município (CGM), pasta recém-criada pela nova gestão.
A criação da CGM era uma das promessas de campanha de Haddad para prevenir a corrupção nos órgãos vinculados à administração municipal.
De acordo com o prefeito, a secretaria irá exercer, em caráter local, funções semelhantes às da Controladoria Geral da União (CGU), responsável pela "defesa do patrimônio público e do incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria". A implantação da medida já foi publicada pelo Diário Oficial do município.
Controle de gastos
Em seu primeiro dia como prefeito, Haddad realizou três reuniões com secretários municipais, nas quais determinou, entre outras medidas, que seja feita uma "revisão" dos gastos de custeio da prefeitura. As despesas elevadas, aliadas à dívida pública da cidade com a União, são consideradas pelo político como sérios empecilhos para os investimentos em ações na cidade.
"Nós orientamos o secretariado a fazer uma revisão de toda sua matriz de custeio. São Paulo compromete todo seu orçamento com custeio. Nosso investimento per capita anual é hoje metade que o do Rio de Janeiro. (...) Então há uma orientação no sentido de buscar uma economia", afirmou, sem estimar em quanto será possível diminuir gastos.
De acordo com a prefeitura, o investimento anual per capita de São Paulo é de R$ 264,30, contra R$ 526,72 do Rio.