O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, pleiteounesta quinta-feira mudança da fonte pela qual o governo federal repassa recursos para a mobilidade paulista. Em encontro com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Haddad também sugeriu uma solução para que empreendimentos do programa Minha, Casa Minha Vida sejam viabilizados.
Segundo o prefeito, aumentar a verticalização dos prédios que serão construídos pelo programa federal poderia solucionar o problema da falta de terrenos na capital paulista. Para isso, a prefeitura assumiria os custos com a compra e manutenção dos elevadores por pelo menos cinco anos. "Nós dependemos um pouco dessa autorização para o cumprimento das nossas metas", disse Haddad, adiantando que o objetivo da prefeitura é contratar 55 mil imóveis até o fim deste ano.
"Para a prefeitura, é baixo o custo, para o morador, não. Para nós, é muito mais fácil comprar um elevador com manutenção do que comprar um terreno", avaliou Haddad. De acordo com o prefeito, após cinco anos, o custo começaria a ser diluído e rateado com o morador. "Em cinco anos, as pessoas estão melhorando o padrão de vida". Essa medida, que, segundo Haddad, será avaliada tecnicamente pelo Ministério das Cidades e depois pela presidenta Dilma Rousseff, "permitiria liberação de empreendimentos que hoje dependem dessa decisão para serem viabilizados", informou.
Sobre a preparação para a Copa do Mundo deste ano, Haddad disse que a prefeitura e seus parceiros estão cumprindo os prazos. "A prefeitura de São Paulo está rigorosamente em dia com seus compromissos. O plano de contingência totalmente definido, o aporte de recursos, as obras viárias do entorno da Copa. O planejamento da Copa está todo feito", informou. As instalações provisórias da Arena Corinthians, palco de abertura do Mundial, estão sendo resolvidas pelo time com a Fifa, segundo o prefeito.
Outro pedido feito por Haddad a Mercadante foi o aumento dos recursos provenientes do Orçamento Geral da União (OGU) para a construção dos 150 quilômetros de corredores de ônibus na capital paulista. Os investimentos do governo federal também provêm do programa de ajuste fiscal, o que poderia desacelerar o ritmo das obras.
"Pedimos para incluir mais obras no Orçamento Geral da União, mesmo que seja ano que vem. É mais importante garantir o orçamento dos próximos anos do que tentar garantir ajuste fiscal agora, o que exige uma série de providências para as quais não estaríamos preparados. Teria que ter votada a Lei da Dívida, e isso não foi feito", lembrou Haddad.
Para o prefeito, a mudança da fonte pode até ser repactuada no futuro. Haddad informou ainda que Mercadante ficou de analisar o pedido.